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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Estudo comprova que fumar maconha não é inofensivo

ESTUDOS COMPROVAM QUE FUMAR MACONHA NÃO É INOFENSIVO


Pesquisa de 20 anos mostra que uso prolongado e frequente da droga causa dependência e aumenta chance de desenvolver doenças psíquicas, como a esquizofrenia

 Um estudo de 20 anos feito pelo professor Wayne Hall, conselheiro sobre drogas da Organização Mundial de Saúde, concluiu que o uso de maconha a longo prazo não é inofensivo. Segundo ele, a cannabis é altamente viciante, aumenta as chances de desenvolver doenças psíquicas - como a esquizofrenia - e é porta de entrada para outros tipos de entorpecentes. Os dados são do jornal inglês Daily Mail.

O especialista levantou alguns pontos que supostamente mostram como a maconha devasta o cérebro.

1) Um em cada seis adolescentes que fumam maconha regularmente se torna dependente.
2) A maconha dobra o risco de desenvolver doenças psíquicas, como a esquizofrenia.
3) Usuários frequentes apresentam desenvolvimento intelectual insatisfatório, por isso vão pior nos estudos e trabalho.
4) Um em cada dez adultos que fuma regularmente se torna dependente e tem tendência a consumir drogas mais pesadas.
5) Dirigir após fumar aumenta os riscos de acidentes no trânsito, que crescem ainda mais caso a pessoa tenha ingerido bebida alcóolica.
6) Fumar maconha durante a gravidez reduz o peso do bebê.



"Se a maconha não causa dependência, também não causam a heroína e o alcóol. Para nós, geralmente é mais difícil ajudar pessoas que usam maconha do que aqueles que consomem heróina. Nós não sabemos como fazer isso", explica o especialista.
Ao tentar reduzir o consumo da droga, as pessoas geralmente sofrem com crises de ansiedade, insônia, distúrbios de apetite, depressão. E, após o tratamento, a maior parte delas não consegue se manter longe da maconha por mais que seis meses.

"Quero mostrar que o uso prolongado e frequente da cannabis tem consequências. Não há dúvidas que usuários pesados enfrentam crises de abstinência parecidas com alcóolatras e usuários de heroína", afirma Hall.

De acordo com o relatório, o aumento do consumo tem sido notado já que muitos jovens adultos usam maconha quase com a mesma frequência dos cigarros de nicotina e não se preocupam com isso, uma vez que é impossível ter uma overdose de maconha, o que a torna menos perigosa que a cocaína e heróina, por exemplo.

O especialista em saúde mental Mark Winstanley explica que a maconha é vista erroneamente como uma droga segura já que seu uso tem relação clara com sintomas de psicose e esquizofrenia, principalmente entre adolescentes. "O governo devia conscientizar as pessoas de que fumar com frequência é um jogo de roleta russa para a saúde mental".

A maconha é considerada uma droga de série B, enquanto heroína e cocaína são série A e os esteróides são classificados como drogas de série C.

 

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


Ambev é multada em R$ 1 milhão por informar que cerveja era 'sem álcool'

Ambev é multada em R$ 1 milhão por informar que cerveja era 'sem álcool' 


A Ambev recebeu uma multa de R$ 1 milhão por informar, no rótulo e em propagandas, que a cerveja Kronenbier é "sem álcool". Na verdade, a cerveja possui 0,3 grama de álcool para cada 100 gramas da bebida.


A decisão unânime foi tomada pela 5ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), e divulgada nessa terça-feira 30 de setembro ultimo pelo serviço de comunicação do tribunal.

A ação foi movida pela Associação Brasileira de Defesa da Saúde do Consumidor.
Sobre a decisão, a Ambev afirmou, em nota, que não comenta casos em andamento. Ainda cabe recurso.



Informação no rótulo e propagandas da cerveja
Kronenbier foi considerada danosa
Durante o processo, a empresa alegou que um decreto de 1997 classifica como bebida sem álcool toda aquela que tem menos de 0,5g de álcool a cada 100g, sem obrigatoriedade de trazer essa informação no rótulo do produto.

O desembargador substituto Odson Cardoso Filho, relator da apelação, considerou que esse decreto de 1997 não se sobrepõe ao que determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ele citou riscos à saúde de pessoas alérgicas e sensíveis ao álcool, usuários de medicamentos incompatíveis com a ingestão de bebidas alcoólicas e dependentes químicos em tratamento de reabilitação poderiam ser prejudicados pela informação, acreditaram na informação da empresa e beberam seu produto sem imaginar as possíveis consequências. 

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas