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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Admitir as nossas dependências


A CHAVE do SUCESSO
Tratamento: sucesso depende do usuário
Para psiquiatra José Manoel Bertolote, da Unesp, 

sem isso, nenhuma proposta terapêutica funcionará

Professor colaborador do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), o psiquiatra José Manoel Bertolote ocupou, durante 20 anos, o cargo de coordenador da equipe de transtornos mentais e neurológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra. Consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), pesquisador e especialista na prevenção e tratamento de usuários de drogas psicotrópicas, nesta entrevista ele fala sobre as reais chances de recuperação de dependentes de crack, avalia a importância da reinserção social e mostra porque é preciso mais que a desintoxicação para reduzir o índice de recaídas. “A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que o usuário está sujeito, mas é uma contribuição modesta”, avalia.


É possível abandonar a dependência de crack por conta própria, sem ajuda especializada?

Teoricamente, sim. Porém, isso depende de vários fatores, entre os quais o grau de dependência e o nível de apoio social e familiar que o dependente possui. O sucesso de qualquer tipo de tratamento para uma dependência química passa, em grande parte, pela vontade do usuário de se manter afastado da droga (abstinência). Sem isso, nenhuma proposta terapêutica funcionará. Entretanto, há que se considerar o fenômeno da comorbidade, ou seja, a coexistência no mesmo indivíduo de outros transtornos mentais (por exemplo, depressão, psicoses, dependências de álcool, transtornos graves de personalidade etc.) que, caso não sejam tratados concomitantemente, podem comprometer a recuperação Um diagnóstico adequado permitirá traçar uma abordagem terapêutica mais eficaz, que esteja ajustada às características do paciente.

É possível levar uma vida normal após o tratamento? O dependente pode freqüentar os mesmos locais que freqüentava antes e manter o mesmo círculo de amizades, por exemplo?
Sim. Se o "antes" se referir a antes do uso do crack, certamente. Entretanto, freqüentar os mesmos ambientes e manter contato com as mesmas pessoas com quem usava o crack inviabiliza a recuperação.

Como a família deve proceder antes, durante e ao término do tratamento? Como agir em situações sociais, como festas familiares?

A família deve estar ao lado do usuário, apoiando-o - sem se submeter a chantagens e tampouco submetê-lo a pressões indevidas e ameaças infundadas. A firmeza e coerência de atitudes dos familiares são essenciais. Mas não existe uma fórmula que se possa oferecer para um usuário de crack ou para a família. Tirar o indivíduo das companhias e do ambiente é uma solução, mas não a única. Se o dependente permanece em sua residência durante o tratamento dificilmente será possível afastar-se totalmente, pois vai precisar muito acompanhamento da família, muito monitoramento, o que nem sempre é possível.

O dependente em tratamento pode fazer uso moderado de álcool, em situações sociais?

Em princípio, sim, desde que não coexista também uma síndrome de dependência do álcool. Desde que ele não seja dependente de álcool, ele consegue tomar uma dose e parar por ali. Isso não leva necessariamente o indivíduo a usar crack. A questão é que grande parte dos usuários de crack é dependente ou usuário pesado de álcool.


Um dependente de crack consegue se recuperar completamente da dependência? Quais são as chances reais de sucesso do tratamento?


A dependência envolve complexos mecanismos cerebrais, psicológicos e sociais. Com o tratamento adequado a cada caso, e em presença de uma real vontade de deixar de usar a droga, a recuperação é perfeitamente viável.

O que fazer quando o dependente não quer parar de usar a droga e não aceita ajuda?

Não se pode submeter ninguém a um tratamento involuntário, a menos que esteja intoxicado e representando uma ameaça e um risco para si mesmo e para os demais. Nestes casos pode-se conseguir uma ordem judicial de tratamento e, eventualmente, internação.


Qual a razão do alto índice de recaídas entre usuários de crack? Quais fatores ou situações levam o dependente em tratamento a recaídas, mesmo após a fase de desintoxicação?
Não há estudos suficientes que permitam estimar as taxas de recaída entre usuários de crack, em geral, nem por tipos específicos de tratamento. O que se sabe é que a ausência de um sistema sócio-sanitário articulado que responda às necessidades desses usuários  pode contribuir para baixas taxas de sucesso terapêutico. A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que está sujeito o usuário, mas é uma contribuição modesta. Um sólido sistema de apoio médico, psiquiátrico, social e psicológico é essencial para o sucesso de um programa terapêutico, de reabilitação e reinserção social.

Como avaliar os resultados de um tratamento? Como saber se o usuário está recuperado da dependência?

O resultado do tratamento do crack é baseado em dois critérios fundamentais: a abstinência da droga e o grau de reinserção social.

Qual é o segredo, a chave do sucesso para uma superação real?


A vontade de se afastar e permanecer afastado da droga, o apoio social (da família e dos amigos) e um bom sistema sócio-sanitário, que responda às reais necessidades do dependente.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tabagismo



iCoach o seu guia para se tornar num ex-fumador





Para aqueles que querem parar de fumar, mas ainda não encontraram um programa, Encontrei este na navegando na NET.
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O iCoach é uma ferramenta de saúde interativa online que ajuda as pessoas a pararem de fumar ao seu próprio ritmo. É grátis e está disponível em portugues de portugal,

Funcionando como um teinador pessoal, o iCoach analisa os hábitos de fumador dos
seus participantes e fornece conselhos personalizados, numa base diária.


Me inscrevi achei interessante mesmo fazendo 7 anos que me abstive deste vicio. Lembro a todos que o mais importante é a sua vontade de parar de usar. Não se enganem, o cigarro é uma droga e mata.

sábado, 19 de novembro de 2011

Superação da problematica

Reincerção


A família é a principal aliada no processo de tratamento e
de reinserção social da pessoa que apresenta dependência
A presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também na etapa da reinserção social do ex-usuário de crack. Após o término da fase intensiva de tratamento e com o retorno ao meio familiar, o restabelecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações.

Segundo Fátima Sudbrack, psicóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), um dos primeiros passos para o processo de reinserção social é evitar o isolamento do usuário. “É uma ilusão achar que só a internação vai resolver o problema. Na verdade, a desintoxicação é só uma parte do tratamento, pois o mais importante é a reinserção social. É importante que o dependente saiba com quem pode contar”, explica.

 É fundamental que a família reconheça que ele está em um processo de recuperação de dependência, compreenda suas dificuldades e ofereça apoio para que ele possa reconstruir sua vida social. “Durante o tratamento os familiares e amigos podem e devem apoiar o dependente, se possível com ajuda profissional. O principal risco para um ex-usuário é se sentir sozinho, desvalorizado e sem a confiança das pessoas próximas”, diz Fátima.

A capacidade de acolher e compreender, estabelecer regras claras de convivência familiar, a demonstração de um interesse real em ajudar e de compromisso com a recuperação, além do respeito às diferenças e da manutenção de um ambiente de apoio, carinho e atenção, são atitudes que contribuem para melhorar a qualidade de vida do ex-usuário e ajudam na prevenção de recaídas. “De forma geral, no início é preciso exercer um controle maior sobre as atividades do indivíduo, manter uma rotina mais rigorosa, com acompanhamento. É preciso oferecer toda a ajuda possível, manter uma proximidade maior. O que faltou antes vai ter que ser fortalecido neste momento”, afirma o médico Mauro Soibelman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o chamado manejo firme e amigável, expressão usada por psiquiatras especializados no tratamento de dependentes químicos. “Não significa ser autoritário e bruto, apenas firme no propósito de manter o usuário longe do crack”, completa o especialista.

 De acordo com Raquel Barros, psicóloga da ONG Lua Nova, é preciso dar espaço para a pessoa recomeçar. “Não se trata de fazer de conta que nada está acontecendo, mas de não focar a pessoa só nisso”, ressalta. A procura por um trabalho e a volta aos estudos deve ser incentivada. “É fundamental ocupar o tempo em que o dependente fumava crack com atividades saudáveis, seja com estudos, trabalho, esportes ou caminhadas”, diz Mauro Soibelman.

Hábitos sociais

Situações de convívio social fora do ambiente familiar tendem a ser desafiadoras para o ex-usuário de crack. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, não é recomendado que a pessoa volte a freqüentar casas noturnas, bares ou mantenha contato com amigos que fazem uso de drogas. “Não podemos pedir que a pessoa abandone tudo o que fazia, mas é bem difícil retornar a esses lugares e não voltar a consumir a droga”, diz.

O uso de drogas lícitas, mesmo de forma moderada, não é recomendado (A única maneira de não voltar à adicção ativa é não tomar aquela primeira droga), o cigarro é mais tolerável, apesar de controverso. Mas o álcool é um grande problema (Pensar que o álcool é diferente das outras drogas fez muitos adictos recaírem). Mesmo em baixas doses, a bebida alcoólica afrouxa as defesas do usuário (declina o carater e a força de vontade) e se torna um facilitador para recaídas”, explica Soibelman. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, o dependente tende a compensar a ausência do crack com outra droga mais acessível. “Fazendo o uso de álcool (é sabido que, quando usamos qualquer droga, ou substituímos uma por outra, liberamos nossa adicção novamente) ele não vai se recuperar, mas apenas buscar satisfação em outro produto”, diz.


Fonte:
Enfrentando o crack

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O QUE É A PASTORAL DA SOBRIEDADE?

É cada vez mais urgente cuidar do flagelo das drogas,
como dizia o nosso ... João Paulo II:
"a droga é um mal e ao mal não se dá trégua. ..."
 Pastoral da Sobriedade!
 

São Grupos de Mutua ajuda implantados nas Paróquias ou Comunidades, onde se propõe um Programa de Vida Nova baseado na Terapia do Amor, na Pedagogia de Jesus Cristo Libertador, na Palavra de Deus, na Doutrina da Igreja e nos Sacramentos.

COMO FUNCIONA O GRUPO DE MUTUA AJUDA?

Os grupos de Mutua ajuda da Pastoral da Sobriedade se diferenciam dos demais grupos de Mutua ajuda em primeiro momento pela reflexão da Palavra de Deus e depois mediante uma interação dinâmica através da partilha de experiência de vida de cada participante: dependentes e codependentes tomam consciência dos problemas que estão afetando o relacionamento familiar    
              
OBJETIVOS DA PASTORAL:
Trata o problema da dependência química e outras dependências como: compulsões, manias, condicionamentos, depressão e o pecado, de forma que os agentes se colocam na mesma condição de todos os participantes. Leva o participante, seja dependente ou codependente, a fazer uma experiência com Jesus Cristo libertador com base na doutrina e nos sacramentos da Igreja Católica.

CARACTERÍSTICAS:
• É Pastoral como resposta a uma problemática social.
• É um Programa de Vida Nova que trabalha com a Terapia do Amor (1Jo 4,16; 3,14).
• É uma ação Evangelizadora.
• Não se limita a dependência química.
• Conduz a uma reflexão pessoal.
• Não permite aconselhamento durante a reunião.
• Trabalha o respeito e a disciplina.
• No grupo de partilha não se separa a pessoa por sua condição, mas por parentesco propondo a redescoberta da dignidade e do verdadeiro sentido da vida.

COMO PARTICIPAR DAS REUNIÕES?

As reuniões dos grupos de Mutua ajuda acontecem semanalmente, onde toda e qualquer pessoa pode participar independente de sua condição de dependência. Os grupos de Mutua ajuda da Pastoral da Sobriedade estão presentes em quase todo o territorial nacional e em algumas paroquias da America latina e também na Afica. Em Olímpia, Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, reuniões às quartas-feiras no horário das 20h no salão paroquial (FENOSSA)


A ESPIRITUALIDADE DA PASTORAL DA SOBRIEDADE:
A Pastoral da Sobriedade tem como Padroeira Nossa Senhora da Piedade, assim os grupos de Mutua ajuda acolhem os excluídos com compaixão dos menores e mais fracos, cuidando daqueles que estão feridos, fortalecendo os doentes no corpo e na alma, reforçando a promoção pessoal de cada um.

Sobriedade e Paz!
Só por hoje, graças a Deus!





 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Formação Permanente

Encontro de Espiritualidade e
Formação de Agentes da Pastoral da Sobriedade




Participei neste final de semana do encontro de formação e espiritualidade que ocorreu nos dias 12 e 13 de novembro na Casa de Encontro PAI ETERNO na paroquia Nsa Senhora de Fatima em SJRP.



Programação do encontro:


SABADO

ORAÇÃO E MEDITAÇÃO DA PALAVRA
Pe. Ernesto

1ª REFLEXÃO: AMOR DE DEUS, CORAÇÃO DA SOBRIEDADE
Dom Irineu Danelon - (Bispo Responsável da Pastoral no Brasil)

2ª REFLEXÃO: JESUS CRISTO MODELO DE SOBRIEDADE
Dom Irineu Danelon (Bispo Responsável da Pastoral da Sobriedade)

GRUPOS DE PARTILHAS E QUESTIONAMENTOS

PLENÁRIO DE RESPOSTAS (Questionamentos)

MOMENTO JOVEM - Testemunhos

3ª REFLEXÃO: COMO MANTER-SE ENTUSIASMADO NA MISSÃO DA PASTORAL DA SOBRIEDADE
Frei Joel do Lar São Francisco de Assis na Providencia de Deus.

MISSA: EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO
Pe. Carlos Franquim de Novo Horizonte (Assessor Sub-Regional RP 11 da CNBB de SP)

4a REFLEXÃO: CONCLUSÃO DO CURSO DE CAPACITAÇÃO - DROGAS E SEUS EFEITOS
Daniel Stefanini (Coord. Diocesano de S.J.R.Preto)

5ª REFLEXÃO: OBJETIVOS GERAIS DA PASTORAL
Claudio Elídio (Coordenador de Formação do Estado de São Paulo)

DOMINGO

MÚSICA, REFLEXÃO E ORAÇÃO
Alcides (Coord. Diocesano Catanduva)

6ª REFLEXÃO: OS QUATRO PILARES DA SOBRIEDADE - Família, Trabalho, Religião e Grupo de Auto Ajuda
Carlos Eduardo (Guzolãndia)


GRUPOS DE PARTILHA E QUESTIONAMENTOS

PLENÁRIO DE RESPOSTAS

MISSA
Dom Mendes Pixoto (BISPO DIOCESANO DE S.J.RIO PRETO)

Testemunhos e entrega dos Certificados.





quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Efeitos e Consequências



SINAIS de DEPENDENCIA

 

Como saber se uma pessoa próxima está usando crack







O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.


É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.
Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).

 

Comportamento

Falta de atenção e concentração são sintomas comuns, que levam o usuário de crack a deixar de cumprir atividades rotineiras, como freqüentar trabalho e escola ou conviver com a família e amigos. “O dependente apresenta algumas atitudes características, como mentir e ter dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas. Muitas vezes apresenta comportamentos atípicos e repetitivos, como abrir e fechar portas e janelas ou apagar e acender luzes”, afirma Laura Fracasso, psicóloga da Instituição Padre Haroldo.
O usuário de crack também pode experimentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade que podem culminar em ataques de pânico, por exemplo. Isolamento e conflitos familiares são comuns. O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e agitação”, diz Fátima Sudbrack.


Fonte: Enfrentando o Crack

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Prevenção ao álcool nas escolas

SP ganha programa de prevenção ao álcool nas escolas
Governo do Estado de São Paulo

Professores de escolas estaduais também participam de ação para prevenir o uso de álcool por menores de idade



 As pastas da Saúde e da Educação definiram um programa específico de prevenção ao álcool nas escolas públicas estaduais. O objetivo da ação é conscientizar alunos e professores sobre os efeitos nocivos do consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens, levando o tema para dentro das salas de aula.

A ação faz parte do programa estadual de combate ao álcool na infância e adolescência, que prevê ações para tratamento, educação e fiscalização do consumo indevido por álcool por adolescentes, além de abertura de novas clínicas de tratamento para dependentes químicos.

Os jovens, principais alvos deste programa estadual e merecem atenção especial. O Cratod (Centro de Referência em Tratamento de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) detectou que 80% dos pacientes diagnosticados alcoólatras deram o primeiro gole antes dos 18 anos, parte deles muito jovens, com 11 ou 12 anos.

Uma das estratégias dessa ação é a capacitação de jovens para a implantação de projetos de prevenção do uso de álcool direcionados a seus colegas de escola. Esta comunicação entre pares, ou seja, de jovem para jovem, garante que o conteúdo e o formato da informação transmitida sejam de real interesse do público-alvo, aumentando, desta forma, as chances de sucesso da intervenção.

O programa foi dividido em duas fases e segue até 2012. Na primeira etapa, os professores estão recebendo orientações técnicas sobre o tema, com encontros coordenados por especialistas em adolescência, educação e prevenção.

Além disso, foram formados grupos de referência em 26 escolas selecionadas. Cada grupo é composto por um professor e 10 alunos do ensino médio. Os estudantes foram escolhidos pelos professores das escolas, e são consideradas lideranças positivas em relação ao tema, com habilidade para o desenvolvimento de intervenções, de prevenção e comunicação em suas escolas e comunidades.

Até novembro serão realizadas seis oficinas em cada escola, dirigidas ao grupo de referência coma temática de saúde, de comunicação e de planejamento de projetos de comunicação em prevenção.

Para a segunda fase estão previstas atividades como o lançamento de um site, um evento final de exposição de melhores práticas, encontro de pais, videoconferência e elaboração de material didático em prevenção para multiplicação.

"Nossa proposta é agir em várias frentes para evitar o consumo precoce de álcool entre crianças e adolescentes. Além de uma nova e mais dura legislação estadual sobre o tema e da expansão do tratamento para dependentes químicos, São Paulo investe também em prevenção, levando para as escolas a preocupação sobre os riscos do uso dessas substâncias por menores de idade", afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)