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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Saúde em primeiro lugar - Tabagismo

Tabaco é responsável direto por dois em cada dez cancros

Tabaco é responsável direto por dois em cada dez cancros


Estudo baseou-se no acompanhamento de mais de 440 mil pessoas durante mais de 11 anos, em média.

O tabaco causa 80% dos câncer do pulmão e da laringe

O tabaco é responsável direto por dois em cada dez câncer, conclui um estudo do Instituto Catalão de Oncologia do Hospital Duran i Reynals, que se baseou em cerca de 440 mil pessoas, seguidas, em média, mais de 11 anos.
Das 441.211 pessoas acompanhadas, 14.563 desenvolveram um cancro relacionado com o hábito de fumar, informou o Instituto Catalão de Oncologia, a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na próxima sexta-feira.


O estudo, publicado na revista Journal of Clinical Oncology pela equipa de Antonio Agudo, confirma que fumar origina 80% dos cancros do pulmão e da laringe, assim como 20% a 50% dos restantes cancros respiratórios, digestivos e do trato urinário, segundo noticiou a agência espanhola EFE.

Pela primeira vez, a investigação determina que a percentagem daqueles câncer é responsabilidade direita do tabaco, que também causa 25% dos câncer do fígado, 14% dos do ovário e 8% dos do rim.

Os cientistas compararam o número de casos de tumores entre os participantes fumadores ou ex-fumadores e os que nunca tinham fumado. Genericamente, a investigação mostrou que 36% dos tumores relacionados com a utilização de tabaco são diretamente provocados pelo seu consumo.











Fonte: PUBLICO


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ronaldo Laranjeira, vai comandar projeto anticrack em SP

  Ronaldo Laranjeira, duro crítico da descriminação das drogas, comandará programa anticrack em SP; não existe nem existirá “Bolsa Crack” no Estado; trata-se de uma absurda distorção


O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, um dos maiores especialistas em dependência química do Brasil, será o coordenador-geral do Projeto Recomeço, de combate ao crack, que está sendo implementado pelo governo de São Paulo.



Atenção! Não existe “Bolsa Crack” nenhuma em gestação no Estado! Isso é uma grave distorção! Ainda que se queira dizer que “é como as pessoas estão chamando”, então é preciso que se lhes diga a verdade: “Pessoas, vocês estão erradas! Isso é uma besteira!”. Já chego lá. 


Laranjeira, PhD em psiquiatria pela Universidade de Londres (Maudsley Hospital), justamente no setor de Dependência Química, é um crítico severo da descriminação das drogas. Pesquisador rigoroso, é titular do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, diretor do INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas) e coordenador da UNIAD (Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas). Muito bem. O que é o Projeto Recomeço? PRESTEM BEM ATENÇÃO!

Será impossível contar com instituições públicas e leitos públicos em todas as cidades do estado de São Paulo para dar atendimento aos dependentes químicos. Esse trabalho terá de ser feito também por instituição privadas, devidamente credenciadas. O Estado de São Paulo estabeleceu o valor de R$ 1.350 para pagar por esse serviço. Anotem:

1: O DINHEIRO NÃO SERÁ DADO AO DEPENDENTE.
2: O DINHEIRO NÃO SERÁ DADO À FAMÍLIA DO DEPENDENTE.
3: O DINHEIRO SERÁ REPASSADO DIRETAMENTE À INSTITUIÇÃO QUE PRESTAR O SERVIÇO.

A família de quem estiver em tratamento, esta sim, receberá um cartão atestando que FULANO DE TAL está em tratamento na unidade “x”. Por que isso é importante? Porque é uma forma a mais de saber se o serviço está mesmo sendo prestado, abrindo, ademais, a possibilidade de avaliar a sua efetividade ou não.

ISSO É “BOLSA CRACK”? TENHAM A SANTA PACIÊNCIA!!!

O governo de São Paulo, felizmente, não é um “liberacionista” — Laranjeira tampouco. Ao contrário. A polícia do estado é uma das mais intolerantes com o tráfico e é a que mais prende, no que faz muito bem. Alckmin implementou a internação involuntária no estado e apresentou um projeto para que menores que cometem crimes hediondos possam ficar até oito anos retidos. Estou a dizer que não se trata de um governo que tem um postura nefelibata diante do crime.

Falar em “Bolsa Crack” sugere que o governo repassará aos familiares dos dependentes R$ 1.350 para que gastem como lhes der na telha, de sorte que ter um viciado em casa poderia significar até um ativo. Isso não existe!!! O dependente que quiser tratamento poderá contar também com a rede privada, se a pública não puder atendê-lo. Uma vez cadastrado, sua família recebe o cartão. Não é um cartão de débito nem de crédito, mas de mera identificação. E por que fica com a família? Porque esse tipo de doente é sabidamente arredio a controles.



São Paulo cumpre o que Dilma prometeu. O programa de combate ao crack do governo federal, por enquanto, é pura ficção. O estado de São Paulo tem procurado apertar o cerco ao tráfico e prestar auxílio médico aos dependentes. Essas são as linhas gerais do programa. E estão, até onde se alcança, corretas.

É absurda a ilação de que se trata de uma “bolsa”. Fosse assim, melhor seria dar R$ 1.350 às famílias dos alunos que só tiram A no boletim, não é mesmo? Não se trata de um prêmio ou de uma compensação para a família que tem em casa um viciado. Não! Já que o estado brasileiro decidiu que a dependência química é uma doença e já que existe a urgência social de tratá-la, que se faça isso, então, de maneira organizada.

O programa, de resto, estará em mãos seguras. Laranjeira não é um desses que, com a mão direita, oferece tratamento aos dependentes e, com a esquerda, facilitam o acesso àquilo que os mata. Ao contrário: ele tem a clareza — mera questão de lógica elementar — de que, junto com o tratamento, é preciso criar dificuldades para a circulação de substância entorpecentes.


Fonte:http://www.uniad.org.br/Blog do Reinaldo Azevedo


Projeto Recomeço (renascer!?)

Lançamento do edital do Projeto Recomeço no 

Palácio dos Bandeirantes - SP

 09 Maio 2013




A coordenação do programa será feita por um grupo gestor, comandado por Ronaldo Laranjeira, referência no atendimento de dependentes químicos e professor titular do departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

O programa prevê o credenciamento de clínicas em 11 cidades: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes.


Segundo dados de uma pesquisa da Unifesp, o Brasil é o maior mercado mundial do crack, onde 2% da população faz uso da droga, número equivalente a quase 3 milhões de pessoas. De acordo com o estudo, o Sudeste concentra 46% dos usuários. “Hoje, infelizmente, o Brasil é o maior consumidor mundial da droga. É uma questão epidêmica do ponto de vista de saúde pública e nós não podemos nos omitir. Por isso, vamos ajudar as famílias a superar essa dificuldade”, afirmou o governador.




 Fonte: www.uniad.org.br